DA REDAÇÃO
Depois de uma agenda lotada e do sucesso durante o carnaval, a cantora Myra Maya surpreendeu os fãs na última semana ao anunciar que fará parte do elenco da edição do espetáculo ‘Paixão de Cristo – Divino Redentor’, ao lado de atores consagrados como a atriz paraibana Mayana Neiva e do ator Samuel de Assis. A encenação da história mais dramática da história cristã, acontece de 17 a 19 de abril, no adro do Centro Cultural São Francisco, em João Pessoa. As informações são do Paraíba Feminina.
Apesar da surpresa, Myra conta que sua história com o teatro começou muito cedo. “Tenho uma relação com o teatro bem próxima e bem antiga, desde o ensino médio, quando fui aluna de Eliezer Rolim. Quando entrei na Universidade Federal, no curso de Comunicação, estudei musicalização no curso de extensão do Departamento de Música e fiz parte do coro de Câmara Villa Lobos. Foi nessa época que fiz vários musicais, entre eles as Gonzaguianas. Foi uma época bem bacana.”, diz a artista, lembrando que, apesar da música ter se tornado o foco da sua carreira, os encontros com o teatro foram muito potentes.
Sobre o desejo de representar o espetáculo da Paixão de Cristo, Myra aponta suas raízes sertanejas como o grande impulsor. “Nasci em Conceição do Araguaia (PA), mas sou filha de sertanejos e voltei para esta terra com 1 ano de idade. A maior parte da minha infância e adolescência foi em Cajazeiras e Campina Grande e o espetáculo da Paixão de Cristo era muito forte no na Semana Santa. Sou cristã, sempre me emocionei muito e não fazia ideia de como faria para um dia participar”.
Sobre a preparação para o espetáculo da Paixão de Cristo, Myra Maya destaca a dinâmica dos ensaios. “Faltam só duas semanas, então tudo está sendo bem efervescente. Já nos primeiros dias, recebemos nossos papéis e fizemos uma leitura dinâmica, já tentando colocar a emoção do que tinha ali no texto. Estamos ensaiando com a marcação de cena na frente da Igreja de São Francisco, onde vai espetáculo. Vai ser um espetáculo suave, com mais leveza e com um texto bem emocionante”.
O convite, que veio de Toninho Alcântara e do diretor Everaldo Vasconcelos, trouxe de volta memórias afetivas das vezes que assistiu o espetáculo durante a infância. “Me senti extremamente honrada. É mais que a realização de um desejo de infância, é também um desafio para me entregar, para dar o meu melhor.”, salientou a cantora, que enxerga com naturalidade e profissionalismo o fato de enaltecer a fé e o sagrado em sua arte.
“A arte é um dom divino. E todos nós temos essa porção profana, e essa porção divina. A arte que eu levei para o Carnaval, e levo em todos os outros shows, é uma arte muito voltada para alegria, para as emoções positivas. Coloco um pouquinho da minha alma na minha música e consigo me conectar com as pessoas. Isso é maravilhoso, e é divino também”, finalizou.
